Os materiais para fabricar uma prancha de surf

Nesta seção vamos explicar os diferenes materiais que você precisa para fabricar uma prancha de surf:

1. Foam

O  foam de surf, espuma em inglês, é a base da prancha de surf.

Um foam de qualidade contribui muito com o resultado final. Um bom foam resiste bem à pressão, é o que faz com que sua prancha de surf se amasse mais ou menos, deve ser leve, o mais branco possível, e fácil de trabalhar.

Existem muitos fabricantes de foam. O tipo de foam mais usado é o de poliuretano, o PU.

Os foams são fabricados injetando poliuretano líquido num molde.

O poliuretano incha e recheia o molde.

O foam é cortado em dois, e é inserida uma lâmina de madeira, o stinger, que reforça o foam e impede que ele se dobre.

Os fabricantes dispõem de um catálogo de foam para cobrir todas as necessidades dos shapers, desde o foam para pranchas de surfe shortboard até o foam para longboard.

O outro tipo de foam é o EPS, que é usado, principalmente, para as pranchas epóxi fabricadas de forma industrial, como las pranchas de surfe Bic, ou NSP surf.

O foam de EPS deve ser usado somente com resina epóxi, não é compatível com as resinas poliéster.

2. Resina poliéster

É a mais empregada. Mais fácil, mais rápida de usar, e é mais econômica do que a resina epoxi, 80% das pranchas de surfe são feitas com resina poliéster.

A resina de poliéster é misturada com um catalisador, que faz a resina endurecer, é o processo de catalisação.

É possível usar catalisador líquido tipo PMEc (peróxido de metiletilcetona), ou catalisador Ultra violeta, que faz a resina se endureça com os raios do sol.

Existem milhares de resinas poliéster, mas  cuidado, escolha uma adequada e própria para pranchas de surfe.

No mundo-surf selecionamos a Resina Silmar e a resina UV H61, duas resinas de poliéster de grande qualidade.

3. Resina epóxi

A resina epóxi apresenta propriedades mecânicas superior às das resinas poliéster.

Entretanto, ela é muito mais cara do que a resina poliéster, e por isso é menos usada.

É usada, principalmente, nas pranchas fabricadas de forma industrial como as pranchas do Bic surfe ou NSP Surfe.

Atenção com as pranchas que se apresentam como “epóxi” com o mesmo preço das pranchas de poliéster.

Costumam ser pranchas chinesas, com resina epóxi de má qualidade e um foam também ruim, o resultado é muito inferior ao de uma prancha de poliéster com foam e resina de qualidade.

Da mesma forma que a resina poliéster, existem milhares de resinas epoxi, para diferentes usos.

Nós escolhemos a resina SP 115, uma referência no mundo do surfe, kitesurf, e windsurf.

4. Fibra de vidro

A fibra de vidro, uma vez impregnada de resina, vai dar força e rigidez à prancha de surfe.

Existem tecidos de fibra de vidro de diferentes espessuras, diferentes formas de cruzar as fibras, diferentes fabricantes, diferentes qualidades.

Os fabricantes de referência no mundo do shape são Hexcel, Aerialite e Shapers.

Para pranchas de surf, a regra é usar uma capa de fibra de vidro 4Oz no bottom e duas capas de 4Oz no deck.

Para longboard ou retro fish, é possível usar uma capa de fibra de vidro4Oz e uma de fibra de vidro 6Oz no deck, para uma maior resistência e mais inércia da prancha.

A mais usada é a fibra E-Glass, por sua relação qualidade preço.

Algumas pranchas de alto nível, ou as pranchas dos riders pró levam a fibra S- Glass, uma qualidade superior que permite aos shaper usar menos fibra para conseguir a mesma resistência.

Essa fibra é duas vezes mais cara do que a E-Glass, já que é reservada aos shapers e riders mais exigentes.

5. Estireno parafinado

estireno parafinado é misturado com a resina de poliéster numa proporção de 5%, para realizar o hot coat ou gel-coat de sua prancha de surfe.

O estireno parafinado permite que a resina não se torne pegajosa e que seja possível de ser lixada.

6. Catalisador PMEK

O catalisador para resina poliester PMEC é misturado com a Resina Silmar para que seja endurecida com a ação do calor.

É usado entre 1% e 3% de catalisador, dependendo se a temperatura é de 25 ou de 18 graus.

Fora dessas temperaturas, o catalisador não funciona bem.

Também é possível jogar catalisador PMEK na resina UV, para realizar um trabalho de noite por exemplo, para que a resina se endureça mesmo longe dos raios de sol.

7. Microesferas de vidro

As microesferas de vidro são misturadas com a resina até se alcançar uma mistura com a consistência do iogurte.

Essa mistura é usada pequenos consertos, para fixar os plug dos leashes, ou de quilhas.

É um produto muito nocivo para se respirar, você terá que manipula-lo com precaução e com uma máscara.

8. Plug de quilhas

Inventado nos anos 90 por FCS, foi uma grande revolução.

Permitem a troca das quilhas, e retira-las ao viajar de avião.

Os plugs FCS X2 originais foram copiados e muitas marcas agora oferecem plugs compatíveis com as quilhas FCS mas a um preço muito mais acessível, como o Eurofin.

O sistema FUTURES FINS é uma outra opção, é mais robusta mas mais difícil de ser colocada. Você também vai encontrar na nossa loja online os sistemas FCS Fusion e FCSII.

Os copinhos laterais têm um pequeno ângulo para possibilitar a inclinação das quilhas, enquanto que os centrais não levam ângulo, para que a quilha central fique à 90 graus com respeito à prancha.

9. Plug de leash

plug de leash é colocado no tail da prancha para que seja possível amarrar o leash de surf.

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